Viajar a Bonito-MS e região pode ser uma das experiências mais incríveis, até mesmo para quem mora em Mato Grosso do Sul e está acostumado a viver em um estado onde a natureza faz parte do dia a dia dos moradores.
Além do mais, nada melhor do que vivenciar experiências para poder entender e contar aos outros sobre os atrativos de Bonito. Por isso, a equipe responsável pelo conteúdo da Bonito Way foi convidada a passar dois dias na cidade para realizar alguns passeios e compartilhar o que viveram com os leitores do nosso blog, em uma jornada de muita aventura e descobrimentos. Para contar sobre essa aventura, eles até fizeram um diário de bordo.
DIA 01
A partida de Campo Grande começou cedinho, antes do sol raiar. No percurso de cerca de 297 quilômetros entre a Capital e Bonito-MS, a paisagem é generosa, com a beleza do Cerrado, o bioma local, e até um pedaço de serra. A parada para o cafézinho é feita em Nioaque, conhecida como o Vale dos Dinossauros do nosso estado. No posto de gasolina, estátuas enormes de dinossauros são um convite para fotos divertidas e muitos stories.
Tchau, Campo Grande! Pé na estrada rumo a Bonito-MS.
Ao chegar em Bonito, fomos muito bem recepcionados pela equipe Bonito Way, que nos encaminhou para o atrativo do dia: a Estância Mimosa.
Logo de cara, o receptivo já deixou todo mundo encantado. Com um estilo rústico, bem com cara de fazenda, quem dá as boas-vindas é uma turma barulhenta e muito divertida de gansos. Mas não são só eles, as araras-canindé Chico e Juju, que vivem ali desde que nasceram também são ótimos anfitriões e permitem fotos e brincadeiras, além de vários outros animais que frequentam o local, como teiús, capivaras, mutuns, maritacas, apenas para citar alguns. Após conhecermos cada cantinho, hora de nos preparar para conhecer as cachoeiras que são a grande atração da Estância Mimosa. Em uma caminhada de quase quatro horas, nos embrenhamos mata adentro com a orientação de um guia experiente e que nos acompanhou durante todo o caminho.
Fizemos amizade com os gansos e o simpático casal de araras, Chico e Juju, na Estância Mimosa.
Conhecemos 10 cachoeiras ao todo. A Cachoeira do Sinhozinho foi a primeira na qual paramos para um banho. Foi revigorante e surpreendente! Para chegarmos lá, além da caminhada, percorremos um trecho do rio Mimoso de barco. Todas as cachoeiras que conhecemos foram experiência únicas, mas o destaque fica para a Cachoeira do Salto, na qual é possível saltar de um trampolim com uma altura de 7 metros, e a Cachoeira do Saí Andorinha, que, assim como nos explicou o guia, é uma cachoeira muito democrática, com espaços para quem quer se divertir e nadar, mas também para quem quer apenas relaxar e contemplar a natureza. “Para mim, ela foi o ponto alto do passeio. Fiquei encantada com o visual e com a possibilidade de me conectar à natureza. A vontade era de passar o resto do dia ali”, revela a redatora Evelise Couto.
Trilha na mata, passeio de barco e muuitos banhos de cachoeira na primeira parte da aventura – Revigorante!
Ao fim do passeio, voltamos ao receptivo para um legítimo almoço de fazenda, feito e servido no fogão à lenha e com pratos locais, como a deliciosa sopa paraguaia. Os doces caseiros também eram um show à parte e, claro, experimentamos o famoso doce de leite que nos foi tão bem recomendado. Nota 10!
Depois do almoço, com as baterias recarregadas, hora de mais um passeio. Dessa vez, uma cavalgada guiada por um peão pantaneiro para nos mostrar todos os detalhes da Estância Mimosa. Para o fotógrafo Rafael Massaki, foi uma das experiências mais especiais: “Eu nunca havia andado a cavalo antes e, mesmo assim, foi muito tranquilo e relaxante”, pontua. Como prêmio, durante o passeio, uma vista privilegiada do cerrado e a morraria da Serra da Bodoquena.
Momento da cavalgada para apreciar as paisagens da região.
Ao final do dia, ainda pudemos curtir mais um pouco da natureza do local e vimos até um jacaré bem pertinho, na lagoa da estância. “Foi uma dia para recarregar as energias. Muito verde, muita paz, encontro com a calmaria que a capital não nos oferece”, afirma Leandro Lima, atendimento de contas.
Chegando ao hotel, uma paradinha para descansar e mais um turno de descobertas. Passear pelas ruas do centrinho de Bonito-MS é um programa pra lá de divertido. Lojinhas de artesanatos e muitos restaurantes e bares chamam a atenção de quem está de passagem. Na hora de procurar o que comer, é difícil escolher uma opção só. Os pratos vão desde pizzas e lanches mais tradicionais até receitas elaboradas de peixes e até mesmo carne de jacaré. Nós aproveitamos para conhecer a Vila Rebuá Gastronomia, que conta com diversas opções gastronômicas, como comidas árabes, peixes, petiscos de boteco, comidas saudáveis e outros. E, claro, não pode faltar aquela foto no letreiro “Sou Mais Bonito” para fazer o maior sucesso no Instagram!
Embora pequeno, o centrinho de Bonito é um charme com suas diversas lojinhas e restaurantes.
DIA 02
Depois de um café da manhã caprichado na pousada Solar do Cerrado, partimos rumo à Nascente Azul, um complexo incrível, com balneário e muitos outros atrativos, onde você pode passar o dia com toda a família.
Na lista, o primeiro compromisso do dia era a flutuação. Paramentados com roupa de neoprene, sapatos especiais, colete salva-vidas, snorkel e óculos de mergulho, após uma breve caminhada pela mata ciliar, chegamos à belíssima Nascente Azul. Sabe cenário de filme? Então, mais do que isso, era real! Em grupo, com a orientação de uma guia, descemos a Nascente Azul flutuando em meio a cardumes de piraputangas, piracanjubas, carás e dourados, que pareciam nem se importar com a nossa presença, chegando bem pertinho de nós. O passeio rendeu cliques incríveis e imagens que certamente ficarão para sempre em nossa memória. Além do mais, com auxílio de uma corda era possível mergulhar e chegar pertinho de onde nascia a água do rio, ou seja, a própria Nascente Azul. Maravilhoso!
Nem precisa de filtro, a beleza da natureza já faz tudo! Se por foto é assim, imagina pessoalmente?
Após esse passeio, hora de adicionar um pouco de aventura ao roteiro e encarar o Adventure, o circuito de atrações radicais da Nascente Azul. A redatora Evelise escolheu descer a Tirolesa, com 450 metros de extensão e 20 de altura – uma das mais extensas de Mato Grosso do Sul. Pelo caminho, é possível avistar todo o complexo Nascente Azul, inclusive as belíssimas cachoeiras calcárias, que são totalmente preservadas. Um visual de tirar o fôlego! “Nunca imaginei fazer isso. O coração foi a mil! Mas certamente quero repetir outras vezes”, conta. Já o fotógrafo Rafael Massaki e o diretor de arte Francisco Joaquim escolheram o Pêndulo Humano. Nele, o participante é conectado por meio de equipamentos de segurança e elevado a uma altura de até 12 metros. De lá, é desconectado e sente todo o peso da gravidade. Uma baita descarga de adrenalina. “Foram aproximadamente 2 minutos balançando a metros do chão de concreto, o que garante o frio na barriga seguida de uma sensação de liberdade indescritível! Um passeio rápido para quem vê e seguro, mas que vale a pena para quem gosta de experiências diferentes”, pontua Francisco.
Aventura e adrenalina também fazem parte da diversão em Bonito-MS e região. Energia lá em cima!
Mas a aventura não parou por aí. Depois do Adventure, uma paradinha para relaxar e um delicioso almoço regional para recuperar as energias. Depois, a próxima atração foi o Mergulho com Cilindro. A atividade acontece em um lago cristalino com águas oriundas do rio Nascente Azul repleto de peixes nadando livremente. Antes da aventura, passamos por uma verdadeira aula de introdução ao mergulho, aprendendo para que servia cada parte dos equipamentos que levávamos conosco e também os comandos para podermos nos comunicar debaixo d’água. O instrutor de mergulho, extremamente qualificado e muito didático, nos acompanhou durante todo o processo, o que tornou a experiência segura do começo ao fim. Após aprendermos a respirar debaixo d’água, hora de mergulhar e fazer o trajeto do lago, onde encontramos peixes variados e paradas como o barco afundado, uma ossada gigante e até uma estátua do Cupido, ocasiões ideais para muitos cliques subaquáticos. Francisco participou da aventura e contou que toda a ansiedade passou assim que o instrutor passou as primeiras orientações de maneira calma e bastante didática. O passeio geralmente dura entre 40 minutos a 1 hora. “Os minutos debaixo d’água passaram voando, mas as imagens que ficam registradas para sempre e o ‘Check!’ de experiência vivida que ninguém pode tirar”, conta.
A experiência de mergulhar livremente na companhia dos peixes é inesquecível!
Com o final do dia chegando, hora de arrumar as malas e partir de volta para Campo Grande, com a certeza de histórias incríveis para contar na chegada em casa.
VALE A PENA DESTACAR!
Em tempos de pandemia de Covid-19, todo os passeios estão cumprindo à risca os protocolos de biossegurança. As atrações que visitamos sempre trabalharam com grupos pequenos de turistas, mas agora, eles estão ainda mais restritos, garantindo assim a distância social entre as pessoas. Além disso, o uso da máscara é obrigatório para circular pelos atrativos e a temperatura é aferida logo na entrada. Na hora de mergulhar ou nadar nas cachoeiras, o uso da máscara é dispensado, mas ainda é necessário manter distância entre os participantes.
O cuidado está também em todos os equipamentos utilizados pelos turistas, que passam por desinfecção e limpezas especiais nos atrativos, com destaque para os equipamentos utilizados na flutuação e no mergulho.
Nos restaurantes, bares e lojas da cidade também notamos que os protocolos estão sendo cumpridos e todos parecem estar bastante comprometidos com a prevenção ao Covid-19.
Bonito-MS e região é um passeio seguro nesses tempos tão diferentes que estamos vivendo, mas não se esqueça, o cuidado deve também partir da atitude individual de cada um.